7 de dez. de 2009

GM Europa ainda espera por ajuda alemã

Empresa crê que autoridades vão colaborar com Opel.

 

O novo presidente da GM Europa, Nick Reilly, afirmou que a empresa não pretende realizar novos cortes na Opel mesmo se o governo alemão não fornecer ajuda financeira à montadora.

Apesar da postura quase irredutível das autoridades, o executivo afirmou que espera que Berlim e as autoridades europeias mudem de ideia e contribuam com a GM.

“Estou muito otimista e acho que os países europeus vão conceder algum tipo de assistência para nós”, declarou Reilly.

Em entrevista concedida à imprensa, Reilly classificou uma recusa de Berlim como “hipotética”, mas garantiu que, caso isso aconteça, os 25 mil funcionários alemães da Opel não serão dispensados.

“Isso (a negativa das autoridades alemãs) não vai fazer diferença alguma em nosso plano de reestruturação, ou seja, não vai afetar o número de demissões na Alemanha”.

A GM pretende cortar 8.300 dos 50 mil postos de trabalho na Europa, como parte do plano de reestruturação que visa tornar a Opel rentável até 2012. Na última sexta-feira, o ministro da economia, Rainer Bruederle, reafirmou que acredita que a GM possui recursos suficientes para financiar o ressurgimento da Opel sem ajuda governamental.

Até o fim de setembro, a GM contava com garantias no valor de 42,6 bilhões de dólares, graças aos empréstimos concedidos pelo governo norte-americano. Reilly afirmou que já apresentou sua proposta de reestruturação da Opel, mas que ela ainda não foi aprovada pela cúpula.

“Nossa estimativa é de que precisamos de 3,3 bilhões de euros, sendo que cerca de 1 milhão deste valor será destinado para a reestruturação”, afirmou.

Além de contribuir no processo de recuperação da Opel, a GM possui outras metas imediatas.

A lista inclui os pagamentos dos empréstimos ao governo dos EUA e de uma dívida com a Delphi (que gira em torno de 2,8 bilhões de dólares), o enxugamento das despesas nos EUA e a necessidade de fazer com que a GM volte a lucrar em seu país natal até 2011.