27 de jun. de 2013

MV Agusta F3 800 é mais músculo sem ganhar peso

Nova superesportiva tricilíndrica da Casa de Varese mantém design e ciclística da média cilindrada com desempenho de alta

Quando a MV Agusta apresentou dois modelos tricilíndricos de 675 cm³ em 2011, houve bastante entusiasmo. Afinal, seria a oportunidade de se ter na garagem uma moto da grife italiana com um motor mais manso e, principalmente, mais acessível – em relação aos outros modelos da marca, claro. No ano passado, os italianos subiram as apostas ao apresentar a inédita Rivale e uma nova Brutale, ambas equipadas com uma versão de 800cc do motor. Agora, a Casa de Varese mostra que o oito é realmente seu número da sorte e lança no mercado europeu a F3 800 que chega para completar a família.

 

No design, como já era esperado, não houve alterações em relação à F3 675. As linhas agressivas e o farol losangonal inspirado na superesporiva de um litro continuam lá, assim como a estilosa ponteira tripla do escapamento que seguem o contorno da roda traseira pelo lado direito. Rodas, retrovisores e lanternas também foram mantidos, tornando quase impossível distinguir as versões de 675 e 800cc da superesportiva.

 

A nova superbike italiana está disponível em três opções de cores. Estão presentes o preto e a tradicional prata com vermelho que já é de praxe nas superesportivas de Varese. Todavia, a cor branca, disponível para a 675 foi substituída por uma opção que mistura o branco com preto, semelhante ao disponibilizado para a versão top de linha da F4, a RR.           

 

Tricilíndrico esticado

 

Para conseguir chegar aos 798 cm³ de capacidade no mesmo motor de três cilindros em linha que equipa a família 675 e extrair dele até 148cv de potência máxima a 13.000 rpm, a MV Agusta manteve o mesmo diâmetro dos cilindros (79 mm), mas aumentou seu curso de 45,9 para 54,3 mm. Assim, a taxa de compressão do propulsor, que tem arrefecimento líquido e comando duplo no cabeçote (DOHC), aumentou para 13,3:1e torque máximo produzido agora chega a 8,97 kgf.m a 10.600 rpm.

 

Já os freios mantém a mesma configuração utilizada na peso-médio. São dois discos flutuantes de 320 mm de diâmetro mordidos por pinças Brembo de quatro pistões na roda dianteira. Na traseira, o disco único de 220 mm de diâmetro conta com uma pinça também Brembo, mas de pistão duplo. A suspensão também é a mesma: garfo invertido dianteiro da Marzocchi com ajuste total do amortecedor e pré-carga da mola e curso de 125 mm. Enquanto o monobraço traseiro traz amortecedor único Sachs também ajustável cujo curso é de 123 mm.    

 

Além do propulsor com maior capacidade cúbica, outro fator que faz a F3 800 superior à sua versão média são suas dimensões e peso. Montada sobre um quadro treliçado feito em aço, marca registrada das superesportivas nascidas na península itálica, a nova moto conserva o mesmo comprimento (2.060mm), largura (725mm) e principalmente o mesmo peso a seco (173 kg) da versão de 675cc. Portanto, a moto ganhou mais “músculo”, mas não “engordou” por conta disso.  A única mudança nas dimensões foi na altura do assento, que diminuiu de 812 mm para 805 mm, o que acaba sendo bem-vindo para os pilotos de estatura menor.

 

No quesito eletrônica, também não há nada que já não houvesse na F3 de 675cc, o que não torna o aparato da moto menos interessante. A nova devoradora de curvas de Varese tem acelerador eletrônico ride-by-wire, quatro mapas de gerenciamento do motor e controle de tração com oito níveis de regulagem. Ao contrário do modelo médio, entretanto, a F3 800 já conta com o EAS (Electronic Assisted Shift), câmbio eletrônico, que permite mudanças sem o uso da embreagem.

 

Como fica o line-up

 

Por enquanto, a MV Agusta não fala em descontinuar as motos com propulsor de média capacidade cúbica. Até porque, segundo a marca, a F3 675 já é dona de 25% do mercado italiano em seu segmento. No entanto a proximidade dos preços das duas motos – 13.990 euros pela F3 800 contra 12.590 pela 675 equipada com EAS – e a chegada da Rivale 800, no próximo semestre, para aumentar a família podem significar a abreviação da linha média em um futuro próximo.

 

Por aqui, a subsidiária da MV Agusta deve oficializar a chegada da Brutale 675 e a superesportiva F3 675 em outubro, durante o Salão Duas Rodas. No ano passado, o Brasil recebeu uma unidade da superesportiva em sua edição especial, a F3 675 Serie Oro, limitada a 200 exemplares no mundo todo. 

 

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