5 de abr. de 2013

CLASSE A INICIA NOVA FASE DA MERCEDES EM GRANDE ESTILO


Mercedes Classe A200 (Foto: Divulgação)

Hatch, compacto, apelo esportivo e um espírito alemão inconfundível. Hoje em dia seria mais comum atribuir tudo isso a um BMW ou Audi, mas acredite, o modelo em questão é um Mercedes-Benz. A nova geração do Classe A chega ao Brasil com a responsabilidade de um camisa 10. Cabe a ele chamar a atenção para a nova família de compactos da marca alemã, conhecida como NGCC — virão em breve o já conhecido sedã CLA e o inédito utilitário esportivo GLA. Mais do que isso, o Classe A vem para incomodar a tranquilidade de Série 1 e A3 e elevar as vendas da montadora alemã no Brasil.


Os 25,5 kgm estão disponíveis entre 1.350 e 4.000 rpm, o que garante uma ótima aceleração desde a primeira marcha. A saída do Classe A é surpreendente e empolgante com o câmbio no modo esportivo, com direito ao satisfatório ronco do motor turbo. A troca de marchas por meio de borboletas traz ainda mais alegria por não gerar "trancos" aos passageiros. De acordo com a Mercedes, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos.
A novidade chega às concessionárias com duas versões: A200 Turbo Style por R$ 99.990 e A200 Turbo Urban por R$ 109.900.Autoesporte rodou mais de 100 km com a versão topo de linha — veja as diferenças das versões mais abaixo. Motor e câmbio são exatamente os mesmos. Sob o capô, o hatch traz o mesmo propulsor 1.6 turbo de 156 cv do Classe C. O câmbio é compartilhado com o Classe B, uma transmissão de sete velocidades e dupla embreagem com troca manual por meio de borboletas. De cara, o conjunto abre sorrisos quando o novato está na cidade. Tudo bem que a potência não é de encher os olhos, mas quem dá conta da diversão é o torque.

Mercedes Classe A200 (Foto: Divulgação)

A posição de dirigir é confortável, com regulagem de altura do banco por inteiro, o que não inclui apenas o assento, mas também o encosto. A impressão é de estar em um carro com tocada esportiva graças ao teto baixo e a possiblidade de jogar o banco tipo concha lá embaixo. A sensação que aumenta graças a direção elétrica ajustável, que regula a intensidade de acordo com a velocidade de cruzeiro do carro.

Conteúdo das versões
A200 Turbo Style - R$ 99.900
Motor 1.6V turbo, gasolina, transmissão automática de 7 marchas, grade na cor do veículo, farol halógeno, rodas de liga-leve aro 16", moldura cromada abaixo dos vidros, saída única de escapamento, volante multifuncional, painel de instrumentos na cor preta, bancos com acabamento de couro e tecido
A200 Turbo Urban – R$ 109.900
Motor 1.6V turbo, gasolina, transmissão automática de 7 marchas, grade na cor prata, rodas de liga-leve aro 17", farol bixenônio com LED, lanternas traseiras com LED, dupla saída de escape, volante multifuncional com acabamento em couro, acabamento do painel na cor do revestimento dos bancos (cinza ou preto), saídas de ar cromadas

 Chama atenção também as modernas saídas de ar inspiradas em turbinas, o que é um verdadeiro contraste com a haste de câmbio localizada atrás do volante (e não no console, como nos Cadillacs). Isso é algo comum em outros Mercedes, mas que soa antiquado em um modelo tão moderno. Segundo a marca, isso só acontece para valorizar o espaço no console.

Basta cair na estrada e ativar o modo econômico do câmbio para que a o Classe A gere menos adrenalina e foque em agradar ao bolso. Isso porque o motor se mostra mais vagaroso para retomadas em altas velocidades. Na sétima marcha, a 120 km/h, o motor mantém 2.100 rpm, o que gerou uma boa média de consumo no computador de bordo: 11,7 km/l. No geral, o Classe A agrada bastante na estrada pelo baixo nível de ruído, mas não chega a empolgar no quesito desempenho.

Quem merece elogios é a suspensão tipo McPherson na dianteira e Fourlink na traseira, que é firme na medida certa. O Classe A não é duro como um esportivo e está muito longe de ser molenga. O modelo se comporta muito bem nas curvas de alta velocidade, com uma inclinação mínima na carroceria e uma estabilidade invejável. O que também contribui para isso são as rodas de 17 polegadas, calçadas com pneus 225/45. Também encara com valentia os buracos, sem trancos fortes ou barulho incômodo aos ocupantes. A tocada do Classe A, sem dúvidas, está mais para o lado esportivo do que o convencional.

Mercedes Classe A200 (Foto: Divulgação)

Cara de bravo e espaço surpreendente

Um dos fatores que contribuem para o bom desempenho é o coeficiente aerodinâmico do hatch de 0,27, que segundo a Mercedes é o melhor da categoria. Segundo a marca, o número só foi alcançado graças algumas tecnologias adotadas no Classe A, como a coluna "A" bastante inclinada, a linha lateral aerodinâmica e uma vedação especial entre para-choque e carroceria.

Mercedes Classe A200 (Foto: Divulgação)

O visual traz uma esportividade raramente vista nos Mercedes dos últimos anos, sobretudo pela silhueta da carroceria e os fortes vincos nas laterais. A traseira é o ponto mais extravagante, sobretudo pelas grandes lanternas, que tem desenho pouco convencional. É o que talvez cause maior estranheza, mas não a ponto de assustar. O Classe A é, de fato, um carro de presença. O porte não foge dos concorrentes Sèrie 1 e A3. São 4,29 m de comprimento e 1,78 m de largura. A grande vantagem está no entre-eixos de 2,69 m, o mesmo do Classe B.

Essa medida garante um bom espaço interno para o Classe A, que embora seja um modelo focado no público jovem, leva tranquilamente uma família com quatro pessoas. Quem viaja atrás tem bom espaço para as pernas, mesmo com um condutor alto, e ainda sobra espaço para a cabeça de quem tem até 1,85 m de altura. O acabamento também é satisfatório, no nível de um Mercedes, sem abusar do plástico, que é mais visível nas laterais de porta e atrás dos bancos dianteiros. Se precisar levar bagagens, o Classe A também não decepciona com um espaçoso porta-malas que, segundo a marca alemã, transporta até 341 litros de bagagem.

Mercedes Classe A200 (Foto: Divulgação)

O Classe A tem um bom nível de equipamentos, com sistema de freios ABS, Start Stop, auxílio de partida em rampa, controle eletrônico de estabilidade ESP e 7 airbags. O destaque fica com o sistema Hold, que é praticamente um freio de mão no pedal de freio. Ele é acionado quando o pedal é pressionado até o fim, travando o veículo e desligando o motor para que o motorista descanse os pés. Para andar, basta acionar o acelerador. O ponto negativo está na central multimídia que exibe apenas o ar condicionado e o rádio numa tela pequena e com software pouco moderno. O modelo também não oferece navegação GPS nem como opcional.

A Mercedes-Benz espera vender 2 mil unidades entre abril e dezembro deste ano, algo como 250 carros por mês, número que soa bastante conservadorismo para um modelo tão aguardado. A expectativa é que a versão topo de linha corresponda a 80% das vendas. "Somos líderes em todos os segmentos que atuamos, mas faltava um compacto como o Classe A", afirma o gerente sênior de vendas da marca, Dirlei Santos. Esta frase resume a responsabilidade do hatch. Se o Classe A pudesse falar, certamente diria: "Fiquem tranquilos, eu estou pronto para atender essas expectativas". Nós assinamos embaixo.

Tabela de rivais do Classe  (Foto: Divulgação/ Autoesporte)

Edio S. Portal
Projetista

Enviado do meu BlackBerry® PlayBook™
www.blackberry.com