13 de nov. de 2012

Monstro à paisana

Com o 335i, você acelera como um foguete sem parecer que saiu da sua poltrona...

Divulgação

Nem sempre ter um carro esportivo leva você ao melhor dos mundos. À exceção de quem mora em Stuttgart, trabalha em Schorndorf e pode usufruir trechos de estrada sem velocidade máxima determinada entre as duas cidades alemãs, ninguém consegue tirar deles tudo que podem dar. Isso sem mencionar que geralmente esses carros são desconfortáveis, com suspensões rígidas, bem próximas do chão, e pneus de perfil muito baixo calçando as rodas, que mais parecem um pedaço de fita isolante quando vistas de perfil. Cada buraco e valeta têm de ser tratados com a reverência que merece um imperador japonês.
Mas quem gosta de esportividade ao volante pode fugir deste estereótipo, e o novo BMW 335i é uma das melhores opções. Com silhueta de carro executivo, não fossem as belas rodas de 17” ou a dupla saída de escape traseira, você nem perceberia se tratar de um dos sedãs com melhor desempenho à venda por aqui. Sob a “casca” executiva, um monobloco especialmente rígido, um motor turbinado e uma transmissão de última geração dão as cartas da sua verdadeira personalidade.

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O seis cilindros de 3 litros desenvolve nada menos que 306 cv, ajudado por duas turbinas de última geração. O câmbio, acionado por uma espécie de joystick, tem dupla embreagem e oito marchas, o que deixa ainda mais brutal a maneira com que os 40,7 mkgf chegam às rodas traseiras. Nem os 40 kg a mais que esta geração tem em relação à anterior (1.550 kg a 1.590 kg) lhe roubam a estupidez na hora de acelerar. Na função “Sport PLUS”, vai de 0 a 100 km/h em 5s6, a 160 km/h em 13s2, e retoma velocidade de 40 a 100 km/h, por exemplo, em meros 4s4. Um absurdo!
Imagine que você faz tudo isso sentado em um banco gentilmente forrado com couro da melhor qualidade e sem formas extravagantes que possam causar desconforto. Por aqui ele pensa apenas no seu bem-estar e até no seu bolso. Na função “Eco PRO”, garante a inesperada média de consumo de combustível de 11,3 km/l.

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Além da eficiência do motor, sua “sede” é abrandada pelo Start&Stop, que o desliga quando parado, e por pneus de menor resistência. A direção elétrica ajuda, já que o sistema não precisa do motor para funcionar. Ela é leve quando tem de ser e não são precisos muitos movimentos para manobrar. Fica pesada a velocidades mais altas e lhe deixa ligado no que os controles de tração e estabilidade estão fazendo para domá-lo. No modo esportivo, a diferença é bem perceptível.
O preço de juntar bom senso no consumo e voracidade na hora de acelerar são R$ 294.950, valor de um esportivo de verdade. Mas pense bem, você nem pagou a mais por esse disfarce tão bem produzido, não é?

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“CarroOnline”